JACQUES                                  OFFENBACHNascido em 1819, em Colônia, Alemanha, com o nome de Jakob, esse filho de um cantor de sinagoga se mudou, ainda muito jovem, para Paris, onde passou a se chamar Jacques.
Após estudar no Conservatório, trabalhar como violoncelista no Opéra-Comique e como maestro da orquestra do Théâtre Français, em 1855 ele fundou o Bouffes-Parisiens, para o qual criou inúmeras operetas, como o seu primeiro grande sucesso "Orfeu no Inferno". Em 1873 se tornou diretor do Gaîté Lyrique, teatro que rapidamente foi à bancarrota. Arruinado financeiramente e com a saúde abalada, fez uma turnê pelos Estados Unidos, morrendo, em 1880, em Paris, antes de terminar seu projeto mais ambicioso, a ópera "Os Contos de Hoffmann".
OS CONTOS DE HOFFMANN
O tema para essa ópera ocorreu à                                  Offenbach, quando ele assistiu, em 1851,  à                                  uma peça de Barbier e Carré, baseada                                  em três histórias fantásticas                                  de Ernst Theodor Hoffmann, extraídas, em                                   parte, de um episódio real da vida desse                                   compositor e escritor alemão. Mas,  apenas                                  em 1876, durante a turnê pelos Estados  Unidos,                                  o projeto começou a amadurecer. Após                                  fracassada tentativa inicial de estrear a  nova                                  ópera no Théâtre de la Gaîté-Lyrique,                                  que fechou suas portas, Offenbach  promoveu, então,                                  em 1879, uma audição em sua casa                                  de nove números da partitura, em redução                                   para canto e piano. Entre os 300  convidados estava                                  Léon Carvalho, diretor do Opéra-Comique,                                   que acabou ficando com os direitos de  execução. 
Ansioso por ver sua ambiciosa obra  encenada, Offenbach                                  cedeu às inúmeras exigências                                  feitas por Carvalho:
-- o papel de Hoffmann, originalmente para barítono, foi reescrito para tenor
-- entre os números cantados foram acrescentados diálogos falados
-- os 3 papéis femininos, originalmente para soprano lírico, foram reescritos para coloratura
A morte prematura de Offenbach, em 1880, o impediu de ver sua ópera encenada, bem como também de concluir a obra, embora os ensaios já tivessem começado !
Ele deixou o Iº ato inteiramente orquestrado, indicações precisas sobre a instrumentação do IIº, IIIº e início do IVº e trechos de composição faltando no final do IVº e no Vº.
Assim como em "Carmen", de G.Bizet, Ernest Guiraud foi chamado a completar a obra (ele escreveria, também, os recitativos para a estréia de Viena, em 1881). Léon Carvalho adiou várias vezes a estréia, enquanto continuava a fazer inúmeras alterações:
-- o papel duplo da Musa/Nicklausse, cantado por um mezzo-soprano, foi desmembrado em dois: a Musa virou um papel falado, e Nicklausse foi dado à um tenor
-- o IVº ato foi totalmente cortado, pois era "excessivo", segundo Carvalho, tendo alguns de seus melhores trechos simplesmente transferidos para outros atos
A premiére da obra, mutilada, finalmente aconteceu em 10 de Fevereiro de 1881.
Após a estréia, porém, nem todos os manuscritos (usados ou não) retornaram à família de Offenbach. A ausência dessas fontes seguras fizeram com que os Contos, por muito tempo, conhecessem várias versões, hipóteses que, hoje se sabe, traíam os desejos do compositor, "escondidos" em manuscritos que só viriam à tona a partir da década de 70 do século vinte.
Fonte: Guia Erudito 
 

Olá amigo Geraldo!
ResponderExcluirExcelente post. Achei muito interessante a vida do maestro. E o aperitivo que colocaste no final, com as duas interpretes, foi muito legal. Adorei.
Forte abraço, Fernandez.
Que lindoooo. Adorei ouvir a musica!
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