José Lutzenberger formou-se em agronomia, mas ganhou notoriedade pela intransigente defesa da ecologia. O professor era gaúcho, descendente de alemães e tinha gênio forte. Depois de trabalhar por mais de uma década para empresas fabricantes de agrotóxicos, demitiu-se e denunciou a aplicação desmedida dos adubos químicos nas plantações de seu estado.
Entregou-se de corpo e alma à questão ambiental. Escreveu livros, desenvolveu pesquisas, participou da criação de parques naturais. Ganhou respeito, recebeu prêmios internacionais e acabou ministro do Meio Ambiente do governo Fernando Collor. Foi um dos idealizadores da Conferência Rio-92, defensor da demarcação do território dos índios Yanomami, consultor do Tratado da Antártida e tinha na preservação da Amazônia, para onde viajou várias vezes, outra de suas preocupações.
O professor Lutz foi ecologista até morrer, em 2002, aos 75 anos. Foi enterrado como sempre pediu, sem contribuir com a degradação da natureza: sem roupas, envolto por um lençol de linho artesanal e sem caixão, à sombra de uma árvore frondosa em um parque perto de Porto Alegre. A foto é de Orlando Brito.
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