Hoje é dia de recordar as trajetória de um dos principais cantores brasileiros : Marcos Valle, ele foi responsável pela trilha da saudosa Vila Sésamo. Eis aqui um pouco de sua obra.
Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro. Valle foi um dos principais nomes da música popular brasileira nos anos 60 e começo dos 70. Já no início do século XXI, tornou-se ídolo em países como o Japão, lugar no qual passou a ser um ícone da música brasileira. É irmão do letrista Paulo Sérgio Valle e primo do compositor Pingarilho. Seu último trabalho é o CD e DVD "Marcos Valle Conecta", lançado em 2008.
Biografia
Nascido no Rio de Janeiro, estudou piano clássico e teoria musical na infância, e mais tarde violão. Começou a freqüentar os bares e casas noturnas que davam espaço para grupos de jazz e jam sessions e formou em 1961 um conjunto com Edu Lobo e Dori Caymmi que chegou a apresentar-se algumas vezes. Com seu irmão e letrista Paulo Sergio Valle, compôs músicas de sucesso, e em abril de 1964 lançou o LP "Samba Demais", disco de estréia, com arranjos de Eumir Deodato.
No ano seguinte foi com o grupo de Sergio Mendes para os Estados Unidos, lançando "Samba de verão" com grande êxito, superando até os Beatles na parada de execução da revista Billboard. "Preciso aprender a ser só" e "Terra de Ninguém" são outros destaques dessa época, junto com "Samba de Maria", "O amor é chama", "Viola enluarada" (gravada em duo com Milton Nascimento), "Dia de vitória", "Gente", "Seu encanto" e "Dorme profundo".
Nos final dos anos 60, aproximou-se mais da toada moderna, do baião, da pilantragem, do pop e do soul e tornou-se um dos precursores do uso dos grooves no Brasil. O LP "Mustang cor de sangue ou Corcel cor de mel", de 1969, fortemente influenciado por Wilson Simonal, representa os primeiros passos do compositor em direção à música africana norte-americana. No disco "Marcos Valle", de 1970, onde aparece deitado sobre uma cama de motel na capa, é acompanhado pelo grupo Som Imaginário, que então acompanhava Milton Nascimento. Em 1971 é lançado aquele que é considerado seu melhor trabalho, "Garra", onde consolida sua síntese de soul, baião, jazz, samba e pop. No ano seguinte, o LP "Vento sul", com a participação da banda O Terço, representa uma guinada radical e inesperada para a psicodelia e o hard rock, com o uso de violas caipiras, guitarras fuzz tocando riffs e flautas.
No final de 1972, Marcos Valle, então um prolífico compositor de jingles publicitários e trilhas sonoras para novelas da Rede Globo (onde se destacam "Selva de pedra", de 1972, e "Os ossos do barão", de 1973, ambas escritas integralmente por ele, além da famosa canção das mensagens de Natal da emissora, "Um novo tempo", utilizada até hoje), realizou uma de suas obra-primas, a trilha sonora do documentário "O fabuloso Fittipaldi". Pela primeira vez, foi acompanhado pelo grupo Azymuth, e os temas "Fittipaldi show", "Vitória", e principalmente o lindo "Tema de Maria Helena", onde se destacam o sintetizador ARP Pro-Soloist de José Roberto Bertrami e principalmente o contrabaixo Rickenbacker de Alex Malheiros, são considerados hoje antológicos. Com esse grupo, gravou em 1973 o LP "Previsão do tempo", onde a utilização dos grooves chega ao auge em sua obra, e as melodias e harmonias são amplamente influenciadas pelo blues.
Em dezembro de 1974, influenciado pelo pop de Elton John, lança o LP "Marcos Valle". No mesmo ano a gravadora Som Livre lança o LP com a trilha sonora do programa infantil Vila Sésamo, que marcou toda uma geração, e, em uma iniciativa pioneira no Brasil, foi gravada no estúdio caseiro do compositor, numa época em que home studios eram ainda um sonho na cabeça de alguns.
Em fevereiro de 1975, cansado do ambiente repressivo do Brasil e sofrendo de um bloqueio psicológico que prejudicava sua performance nos palcos, Marcos Valle partiu para os Estados Unidos, onde trabalhou com Sarah Vaughan, Eumir Deodato, Airto Moreira, Leon Ware, e com o grupo Chicago, que gravou uma música sua, "Life is what it is". Voltou ao Brasil em 1980 e a partir daí produziu alguns trabalhos mais pop, tendo alguns sucessos como "Estrelar" (1982) e "Bicicleta" (1984). Marcos Valle é considerado um compositor da chamada "segunda geração" da bossa nova, que se dividiu ideologicamente entre "participante" e "alienada", mas a produção bossa-novista corresponde apenas a uma parte de seu trabalho.
No final dos anos 80, decidiu interromper temporariamente sua carreira como artista solo, e dedicar-se à composição de canções para artistas populares. Destacam-se, nesse período, "Paixão antiga", interpretada por Tim Maia, "Bye, bye, tristeza", cantada por Sandra de Sá, e "Corazón entre nubes", sucesso de Ricky Martin. Dentre os outros artistas que interpretaram suas canções estão Xuxa e Roberto Carlos.
Seu estilo suingado e dançante adaptou-se à demanda das pistas de dança européias, onde foi redescoberto por DJs britânicos (destacando-se Gilles Peterson e Joe Davis) e "relançado" com muito sucesso na década de 90, em meio à febre do drum'n'bass, criando um novo estilo, o drum'n'bossa. Seus discos na gravadora Odeon foram relançados, primeiramente no Japão, e outros, inéditos, foram lançados pela gravadora londrina Far Out Recordings.
O reconhecimento de Marcos Valle é notório não apenas no velho continente. Graças ao seu sucesso, ele tem excursionado também por outros países, como o Japão. Em 2004, a cantora Emma Bunton, ex-integrante das Spice Girls, gravou uma composição do brasileiro em seu álbum “Free Me”. A música “Crickets Sing for Anamaria” é uma versão em inglês de “Os Grilos”, gravada originalmente em 1967. A gravação de Emma foi considerada pelos críticos britânicos como um dos destaques do CD da cantora.
Em 2005, o compositor lançou “Jet-Samba”. Gravado no Rio de Janeiro, o disco traz releituras das canções "Selva de Pedra", "Campina Grande" e "Esperando o Messias" e novas composições como "Posto 9" e "La Petite Valse". O êxito de Jet-Samba” junto à crítica foi confirmado com a sua premiação pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 2005. Além disso, o show de lançamento do CD ficou entre os melhores do ano na lista do jornal O Globo.
Em 2008, Valle teve sua turnê 'Conecta' gravada no Cinematèque, em Botafogo, Rio de Janeiro. O registro saiu em CD e DVD e contou com as participações dos músicos DJ Plínio Profeta, DJ Nado Leal, Marcelo Camelo (vocalista e guitarrista da banda Los Hermanos), +2 e Fino Coletivo.
Discografia
* Samba "demais" (1964)
* O compositor e o cantor (1965)
* Braziliance! A música de Marcos Valle (1967)
* Viola enluarada (1967)
* Samba'68 (1968) Verve (EUA)
* Mustang cor de sangue ou Corcel cor de mel (1969)
* Marcos Valle (1970)
* Garra (1971)
* Vento sul (1972)
* Previsão do tempo (1973)
* Marcos Valle (1974)
* Vontade de rever você (1981)
* Marcos Valle (1983)
* Tempo da gente (1986)
* Nova bossa nova (1998)
* Bossa entre amigos (2001) (Com Roberto Menescal e Wanda Sá)
* Escape (2002)
* Contrasts (2003)
* Live in Montreal (2004)
* Jet-Samba (2005)
* Marcos Valle Conecta - Ao vivo no Cinematèque (2008)
Trilhas Sonoras
* "Véu de noiva" (Rede Globo, 1969): faixa "Azymuth"
* "Pigmalião 70" (Rede Globo, 1970): faixa de abertura
* "O cafona" (Rede Globo, 1971): faixa de abertura
* "Uma rosa com amor" (Rede Globo, 1972): faixa "Marionetes"
* "Selva de pedra" (Rede Globo, 1972): trilha completa
* "Uau, a companhia!" (Rede Globo, 1972): música-tema
* "Globo cor especial" (Rede Globo, 1973): música-tema
* "Os ossos do barão" (Rede Globo, 1973): trilha completa
* "O fabuloso Fittipaldi" (Roberto Farias Produções Cinematográficas, 1973): trilha completa
* "Vila Sésamo" (Rede Globo, 1972-4): trilha completa
Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro. Valle foi um dos principais nomes da música popular brasileira nos anos 60 e começo dos 70. Já no início do século XXI, tornou-se ídolo em países como o Japão, lugar no qual passou a ser um ícone da música brasileira. É irmão do letrista Paulo Sérgio Valle e primo do compositor Pingarilho. Seu último trabalho é o CD e DVD "Marcos Valle Conecta", lançado em 2008.
Biografia
Nascido no Rio de Janeiro, estudou piano clássico e teoria musical na infância, e mais tarde violão. Começou a freqüentar os bares e casas noturnas que davam espaço para grupos de jazz e jam sessions e formou em 1961 um conjunto com Edu Lobo e Dori Caymmi que chegou a apresentar-se algumas vezes. Com seu irmão e letrista Paulo Sergio Valle, compôs músicas de sucesso, e em abril de 1964 lançou o LP "Samba Demais", disco de estréia, com arranjos de Eumir Deodato.
No ano seguinte foi com o grupo de Sergio Mendes para os Estados Unidos, lançando "Samba de verão" com grande êxito, superando até os Beatles na parada de execução da revista Billboard. "Preciso aprender a ser só" e "Terra de Ninguém" são outros destaques dessa época, junto com "Samba de Maria", "O amor é chama", "Viola enluarada" (gravada em duo com Milton Nascimento), "Dia de vitória", "Gente", "Seu encanto" e "Dorme profundo".
Nos final dos anos 60, aproximou-se mais da toada moderna, do baião, da pilantragem, do pop e do soul e tornou-se um dos precursores do uso dos grooves no Brasil. O LP "Mustang cor de sangue ou Corcel cor de mel", de 1969, fortemente influenciado por Wilson Simonal, representa os primeiros passos do compositor em direção à música africana norte-americana. No disco "Marcos Valle", de 1970, onde aparece deitado sobre uma cama de motel na capa, é acompanhado pelo grupo Som Imaginário, que então acompanhava Milton Nascimento. Em 1971 é lançado aquele que é considerado seu melhor trabalho, "Garra", onde consolida sua síntese de soul, baião, jazz, samba e pop. No ano seguinte, o LP "Vento sul", com a participação da banda O Terço, representa uma guinada radical e inesperada para a psicodelia e o hard rock, com o uso de violas caipiras, guitarras fuzz tocando riffs e flautas.
No final de 1972, Marcos Valle, então um prolífico compositor de jingles publicitários e trilhas sonoras para novelas da Rede Globo (onde se destacam "Selva de pedra", de 1972, e "Os ossos do barão", de 1973, ambas escritas integralmente por ele, além da famosa canção das mensagens de Natal da emissora, "Um novo tempo", utilizada até hoje), realizou uma de suas obra-primas, a trilha sonora do documentário "O fabuloso Fittipaldi". Pela primeira vez, foi acompanhado pelo grupo Azymuth, e os temas "Fittipaldi show", "Vitória", e principalmente o lindo "Tema de Maria Helena", onde se destacam o sintetizador ARP Pro-Soloist de José Roberto Bertrami e principalmente o contrabaixo Rickenbacker de Alex Malheiros, são considerados hoje antológicos. Com esse grupo, gravou em 1973 o LP "Previsão do tempo", onde a utilização dos grooves chega ao auge em sua obra, e as melodias e harmonias são amplamente influenciadas pelo blues.
Em dezembro de 1974, influenciado pelo pop de Elton John, lança o LP "Marcos Valle". No mesmo ano a gravadora Som Livre lança o LP com a trilha sonora do programa infantil Vila Sésamo, que marcou toda uma geração, e, em uma iniciativa pioneira no Brasil, foi gravada no estúdio caseiro do compositor, numa época em que home studios eram ainda um sonho na cabeça de alguns.
Em fevereiro de 1975, cansado do ambiente repressivo do Brasil e sofrendo de um bloqueio psicológico que prejudicava sua performance nos palcos, Marcos Valle partiu para os Estados Unidos, onde trabalhou com Sarah Vaughan, Eumir Deodato, Airto Moreira, Leon Ware, e com o grupo Chicago, que gravou uma música sua, "Life is what it is". Voltou ao Brasil em 1980 e a partir daí produziu alguns trabalhos mais pop, tendo alguns sucessos como "Estrelar" (1982) e "Bicicleta" (1984). Marcos Valle é considerado um compositor da chamada "segunda geração" da bossa nova, que se dividiu ideologicamente entre "participante" e "alienada", mas a produção bossa-novista corresponde apenas a uma parte de seu trabalho.
No final dos anos 80, decidiu interromper temporariamente sua carreira como artista solo, e dedicar-se à composição de canções para artistas populares. Destacam-se, nesse período, "Paixão antiga", interpretada por Tim Maia, "Bye, bye, tristeza", cantada por Sandra de Sá, e "Corazón entre nubes", sucesso de Ricky Martin. Dentre os outros artistas que interpretaram suas canções estão Xuxa e Roberto Carlos.
Seu estilo suingado e dançante adaptou-se à demanda das pistas de dança européias, onde foi redescoberto por DJs britânicos (destacando-se Gilles Peterson e Joe Davis) e "relançado" com muito sucesso na década de 90, em meio à febre do drum'n'bass, criando um novo estilo, o drum'n'bossa. Seus discos na gravadora Odeon foram relançados, primeiramente no Japão, e outros, inéditos, foram lançados pela gravadora londrina Far Out Recordings.
O reconhecimento de Marcos Valle é notório não apenas no velho continente. Graças ao seu sucesso, ele tem excursionado também por outros países, como o Japão. Em 2004, a cantora Emma Bunton, ex-integrante das Spice Girls, gravou uma composição do brasileiro em seu álbum “Free Me”. A música “Crickets Sing for Anamaria” é uma versão em inglês de “Os Grilos”, gravada originalmente em 1967. A gravação de Emma foi considerada pelos críticos britânicos como um dos destaques do CD da cantora.
Em 2005, o compositor lançou “Jet-Samba”. Gravado no Rio de Janeiro, o disco traz releituras das canções "Selva de Pedra", "Campina Grande" e "Esperando o Messias" e novas composições como "Posto 9" e "La Petite Valse". O êxito de Jet-Samba” junto à crítica foi confirmado com a sua premiação pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 2005. Além disso, o show de lançamento do CD ficou entre os melhores do ano na lista do jornal O Globo.
Em 2008, Valle teve sua turnê 'Conecta' gravada no Cinematèque, em Botafogo, Rio de Janeiro. O registro saiu em CD e DVD e contou com as participações dos músicos DJ Plínio Profeta, DJ Nado Leal, Marcelo Camelo (vocalista e guitarrista da banda Los Hermanos), +2 e Fino Coletivo.
Discografia
* Samba "demais" (1964)
* O compositor e o cantor (1965)
* Braziliance! A música de Marcos Valle (1967)
* Viola enluarada (1967)
* Samba'68 (1968) Verve (EUA)
* Mustang cor de sangue ou Corcel cor de mel (1969)
* Marcos Valle (1970)
* Garra (1971)
* Vento sul (1972)
* Previsão do tempo (1973)
* Marcos Valle (1974)
* Vontade de rever você (1981)
* Marcos Valle (1983)
* Tempo da gente (1986)
* Nova bossa nova (1998)
* Bossa entre amigos (2001) (Com Roberto Menescal e Wanda Sá)
* Escape (2002)
* Contrasts (2003)
* Live in Montreal (2004)
* Jet-Samba (2005)
* Marcos Valle Conecta - Ao vivo no Cinematèque (2008)
Trilhas Sonoras
* "Véu de noiva" (Rede Globo, 1969): faixa "Azymuth"
* "Pigmalião 70" (Rede Globo, 1970): faixa de abertura
* "O cafona" (Rede Globo, 1971): faixa de abertura
* "Uma rosa com amor" (Rede Globo, 1972): faixa "Marionetes"
* "Selva de pedra" (Rede Globo, 1972): trilha completa
* "Uau, a companhia!" (Rede Globo, 1972): música-tema
* "Globo cor especial" (Rede Globo, 1973): música-tema
* "Os ossos do barão" (Rede Globo, 1973): trilha completa
* "O fabuloso Fittipaldi" (Roberto Farias Produções Cinematográficas, 1973): trilha completa
* "Vila Sésamo" (Rede Globo, 1972-4): trilha completa
Fonte: Wikipédia
2 Comentários
Boa!!!!!!!!!!
ResponderExcluirVim ver o "Por Onde Anda" de hoje!
Me lembro bem da musica "Bicicleta!"
No clip aparecia uma mulher muitooooo, vamos dizer assim, bonita! Hehe!
Parabéns!
Um abraço!
Ah, Geraldo. Uma amiga do Paraná está indo para POA para um evento onde dois blogueiros amigos também vão estar participando. Se quiser conferir eu recomendo: vá ao meu blog. Bem no alto tem um bolo para o niver de 1 ano o "Leitora de Blogs". Clique na imagem. Vai ser redirecionado para o blog da amiga Monika Mayer. Lá tem a programação do evento. Se for lá, dê um abraço por mim na Monika, na Tita e no Dayvid. Qualquer coisa pode falar com eles em meu nome. Certeza que sera bem vindo.
Abração!
Oi,
ResponderExcluirEncontrei essa postagem enquanto procurava assuntos relacionados ao Marcos Valle. Muito bacana!
Abraço,
Lu Oliveira
www.luoliveiraoficial.com.br
Obrigado por comentar!! Volte Sempre!!