Trocando as bolas nas redes sociais

Somos seres pensantes na frente do computador e fora dele também, mas proponho uma reflexão: o que determina o meu comportamento: herança genética ou meio social que estamos inseridos? Teremos uma vida dupla : real e/ou virtual igual? 

Será que na hora que lemos este meu arrozoado você está pensando com ser real ou virtual? 

Pressupondo que o comportamento seja o mesmo, vamos a minha questão principal do artigo:  Você acredita que a nossa vida (e nosso comportamento) seja fruto de herança genética ou de meio social?

Mais uma vez coloco-me citando um filme (ou as vezes um livro) para ilustrar melhor a minha idéia. O filme em questão é Trocando as bolas (1983) (no original Trading Places), que conta com Eddie Murphy no seu segundo trabalho no cinema e com Dan Aykroyd estreando, sinopse abaixo:

Um milionário acredita que é possível transformar um pilantra qualquer num executivo de sucesso, e, também, ser possível transformar um executivo de sucesso num zé-ninguém. Como seu irmão duvida, eles fazem uma aposta de um dólar e armam uma brincadeira para ver quem está certo. Pra começar, dão um jeito de fazer com que o executivo Louis Winthorpe III (Dan Aykroyd) seja tido como ladrão, perca o emprego, a casa e a namorada. Já o pilantra pé-rapado Billy Ray (Eddie Murphy) ganha um bom emprego e uma boa vida. Mas as duas "cobaias" descobrem a bricadeira e se unem para dar o troco aos dois milionários. 

Não quero aqui fazer apologia a uma idéia ou outra, mas colocando que não necessiamente teríamos que acreditar em uma hipótese  ou na outra, até por somos seres globais de influências repetidas no dia a dia.

Gostaria de citar uma personalidade brasileira a quem devemos a salvação de várias pessoas picadas (ou mordidas) por animais peçonhentos : Vital Brasil

Este mineiro da cidade de Campanha estudou medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em meio a grandes dificuldades financeiras, vindo a formar-se com brilhantismo em 1891. Retornando a São Paulo clinicou em várias cidades do interior do Estado. Presenciou durante essa época a morte de várias pessoas mordidas por serpentes, principalmente lavradores.

Vital Brazil é mundialmente conhecido pela descoberta da especificidade do soro antiofídico, dos soros específicos contra picadas de aranha, do soro antitetânico e antidiftérico e do tratamento para picada de escorpião. 

Então reflita comigo: herança genética ou meio social? Agora é contigo..
Se você é real na frente do pc ou fora dele, pode achar estranho.. mas o bullying virtual, comportamentos agressivos e libidinosos estão presentes na índole da pessoa ou faz apenas parte de um ser virtual, imaginário que se insere por causa do anonimato.

Te esconde atrás de um nick (apelido) e com ele autorizas comportamento típicos de um ogro, colocando para fora tudo aquilo que o real (persona) não aceita ou não quer dar visibilidade no meio social inserido?

Verdade ou mito, quem é você? O que você gera ou informa para aqueles que convivem com você. Aqui encerro, não a opinião, mas o artigo, já que por vasto, não para comentar em apenas um artigo.

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7 Comentários

  1. que artigo interessante!gostoso de se ler,amei na minha opinião o meio ..e segondo Inez Augusto Borges em Relação Individuo Sociedade o
    meio social é de extrema relevância na formação da personalidade de cada individuo e, de igual forma, cada individuo também deixa sua marca na vida dos indivíduos e dos grupos com os quais e nos quais convive. Influenciamos e somos influenciados ao longo de nossa historia de vida. Aliás, muitas pessoas continuaram influenciando o mundo mesmo após séculos de sua morte. É o caso de pensadores gregos (como Sócrates, Platão, Atistóteles); o apóstolo Paulo, Matinho Lutero, João Calvino, Bach, Beetroven e muito outros.

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  2. Olá Geraldo, meu querido!
    Muito boa essa sua reflexão! Muito boa mesmo!
    Não sei se a minha resposta irá satisfazer a sua curiosidade e nem se está dentro da sua proposta, mas eu acredito que, mesmo quando uma pessoa mente virtualmente, se fazendo um personagem, vivenciando uma "ficção", algo que ela não consegue no real, não deixa de ser um pouco da verdade que há nela. E isso pode significar mostrar o que todos nós temos: um lado bom e outro não tão bom assim.
    O meio, algumas vezes influencia apenas pela questão que temos de sobrevivência e adaptação, porém, o que prevalece é a nossa herança genética (isso em minha opinião, claro, não sou especialista em comportamento humano). Vital Brasil já tinha dentro dele o dom e o interesse para o assunto e só o aprimorou por causa das circunstâncias vividas em seu dia-a-dia, em seu meio.
    Acredito que algumas pessoas não tenha problemas em serem elas no mundo virtual, do mesmo modo que são no real, porém, por uma questão de segurança ou preservação, omita certos detalhes de sua vida. Mas isso não as impede de serem verdadeiras. Outras já preferem criar um mundo diferente do que vivem, porque (talvez) o seu mundo real seja tão chato que decidem criar um melhor e a partir daí passam a viver personagens. Honestamente falando, eu não me incomodo. Porque a mim não ferem. Eu vou até a página 3 (como diz meu marido) e daí eu paro. Só evoluo a relação quando tiver elementos que me permitam avançar (de forma segura e aí mais real) para as outras páginas. Caso contrário eu paro e mantenho a relação como a pessoa quer: virtual. Não dá para julgar ninguém, porém , para mim, quem mente aos outros, mente a si mesmo, pois na hora de dormir, o travesseiro é implacável com a consciência! Mas, também, se formos pensar num dom artístico, são grandes atores representando personagens. Assiste ao teatro quem quer.
    Ai, querido...rsrsrs...vou parar por aqui senão me empolgo e aí já viu, né?
    Adorei o texto!
    Grande beijo,
    Jackie

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  3. Muito interessante Geraldo...
    Acredito que o comportamento humano seja condicionado sim pelo meio, e de duas possíveis formas, uma positiva e outra negativa; não descartando a possibilidade de alguma interferência genética. A meu ver, todo o comportamento humano condiciona-se à resposta de outrem à nossas decisões, desde a roupa que escolhemos para vestir às palavras que decidimos usar. Assim sendo, um comportamento saudável de alguém educado em um meio social instável e nenhum pouco exemplar, justifica-se no próprio meio, ao passo de que este alguém decidiu ser exatamente o oposto do que o ambiente naturalmente formaria; ou seja, o meio social negativo influenciou de forma positiva fazendo-o decidir por comportar-se antagônicamente a o que naturalmente seria.

    Grande abraço

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  4. Geraldo,
    Um excelente artigo, com toda certeza.
    Muitas pessoas utilizam-se de máscaras para ocultarem suas verdadeiras identidades, e aproveitam para fazer mau uso disso.
    Outras, porém, encontram nesse tipo de máscara, uma brincadeira que não prejudica a ninguém, e nem e si próprio, portanteo, acredito que a influência do meio ajuda a criar personagens, que, muitas vezes, depois de adquirirem confiança de seus amigos virtuais, acabam por despirem-se da máscara que usam, e acabam revelando que são, na realidade.
    Parabéns pelo artigo.
    Bjs.

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  5. Grande Geraldo, bem, vamos dividir o assunto. Primeiramente, apesar de não haver nenhuma comprovação cientifica, acredito que somos frutos do meio, o meio pode nos moldar, mas, dentro de nós, podemos chamar de carga genética, ou não somos influenciados por atitudes dos nossos antepassados sim .... então a segunda parte é a seguinte, quem se esconde atrás de um nick para barbarizar e desmandar é na verdade um individuo com falha de caráter sim, na sua vida real.

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  6. Olá amigo Geraldo.
    O seu tema é fascinante e você abordada o assunto de uma maneira bem clara e objetiva, porém polêmica e questionável e isso é muito bom.
    Na minha opinião acredito que o meio em que vivemos é um fator de peso para moldar os nossos conceitos.
    O mundo virtual pode ser sim uma forma onde individuo pode fantasiar uma realidade, expondo uma personalidade falsa para satisfazer seu auto-ego.
    No meu caso, eu me comunico melhor na palavra escrita, tenho uma certa timidez ao falar em público, mas isto não determina que minha personalidade mude por estar me comunicando pessoalmente ou virtualmente.
    Mas acredito sim que muitos usem de máscaras nas redes para obterem a credibilidade, que não possuem no mundo real.
    Daí meu amigo, eu acho que este indivíduo mascarado tem alguma carência emocional e precisa rever seu lado psíquico
    Grande tema, polêmicas nos fazem pensar e crescer!
    Parabéns pelo post
    Abraços
    Alba

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  7. Geraldo, o meio ajuda a moldar sim, reparo que começa na infancia, os pais podem ser bons ou maus exemplos. A genetica tambem influencia e pode somatizar.

    Sobre o bullying, eu vi isso de perto com relação a minha filha na escola. Acredite, não foi facil resolver. Existe no primeiro momento duvidas, pensar um pouco no que a criança está narrando, agindo, a posição da escola, etc..

    Ontem, por acaso, assisti na TV que isso está ocorrendo na internet, incrivel! Grupos de adolescentes chacotam uma outra pessoa. Eu fiquei muito preocupada. Existe uma cartilha que está sendo veiculada para os pais ficarem mais atentos e conversarem com seus filhos. Eu não sei onde encontrar, mas quero comprar um, vejo que no tempo atual é imprescindivel ter.
    Aconselharam que o computador deve ficar instalado em local de maior circulação na casa, como a sala.

    Imagina, amigo, pessoas como eu que sofreram violencia domestica, quando comenta a respeito dizendo o que passou, nossa... eu me vejo na obrigação de alertar outras mulheres, de trabalhar em projetos sociais (eu trabalhei para a Marcha Mundial da Paz e não violencia), só que lendo o que escreveu, eu fiquei pensando se eu posso ser vista como uma mentirosa ou qq coisa do genero! Estou até parando de falar a respeito, uma pena, porque fico com medo dele tambem. Que situação a minha!

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