Cada vez mais, no mundo real e virtual, a existência de pessoas ou grupos de pessoas que se julgam donos da "verdade" absoluta. Sejam elas na politica, na religião, nos esportes, músicas, ciências e assuntos em geral.
Alguns "donos" da verdade comportam-se de maneira tão violenta que acabam gerando reações negativas até entre seus simpatizantes.
Fatos lamentáveis na história mundial comprovam isto, seja pela inquisição que forçou a crença cristã a ferro e fogo na Europa e América, histórias lamentáveis como A Noite de São Bartolomeu na França e as fogueiras queimaram milhares de pessoas.
Hoje já não queimam mais pessoas (pelo menos não literalmente), mas querem matar suas ideias, conhecimentos e conquistas.
Tudo isto me leva a lembrar da atitude do filosofo grego Diógenes, que em sua ideia cínica de auto-suficiência: uma vida que fosse natural e não dependesse das luxúrias da civilização. Por acreditar que a virtude era melhor revelada na ação e não na teoria, sua vida consistiu duma campanha incansável para desbancar as instituições e valores sociais do que ele via como uma sociedade corrupta.
Diógenes levou ao extremo os preceitos cínicos de seu mestre Antístenes. Foi o exemplo vivo que perpetuou a indiferença cínica perante os valores da sociedade da qual fazia parte. Desprezava a opinião pública e parece ter vivido em uma pipa ou barril.
A felicidade - entendida como autodomínio e liberdade - era a verdadeira realização de uma vida. Sua filosofia combatia o prazer, o desejo e a luxúria pois isto impedia a auto-suficiência. A virtude - como em Aristóteles - deveria ser praticada e isto era mais importante que teorias sobre a virtude.
É famosa, por exemplo, a história de que ele saía em plena luz do dia com uma lanterna acesa procurando por homens verdadeiros (ou seja, homens auto-suficientes e virtuosos).
Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para a Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol").
Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes."
Outra história famosa é a de que, tendo sido repreendido por estar se masturbando em público, simplesmente exclamou: "Oh! Mas que pena que não se possa viver apenas esfregando a barriga!"
Outra história ainda é a de que um dia Diógenes foi visto pedindo esmola a uma estátua. Quando lhe perguntaram o motivo de tal conduta ele respondeu "por dois motivos: primeiro é que ela é cega e não me vê, e segundo é que eu me acostumo a não receber algo de alguém e nem depender de alguém."
Incrível como algumas pessoas comportam-se como Diógenes, lixando-se para a opinião público e para a sociedade em que está inserida, talvez considere a sociedade indigna de conviver com toda a sua auto-suficiência.
Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para a Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol").
Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes."
Outra história famosa é a de que, tendo sido repreendido por estar se masturbando em público, simplesmente exclamou: "Oh! Mas que pena que não se possa viver apenas esfregando a barriga!"
Outra história ainda é a de que um dia Diógenes foi visto pedindo esmola a uma estátua. Quando lhe perguntaram o motivo de tal conduta ele respondeu "por dois motivos: primeiro é que ela é cega e não me vê, e segundo é que eu me acostumo a não receber algo de alguém e nem depender de alguém."
Incrível como algumas pessoas comportam-se como Diógenes, lixando-se para a opinião público e para a sociedade em que está inserida, talvez considere a sociedade indigna de conviver com toda a sua auto-suficiência.
A aqueles que se acham "donos da verdade" , cuidado! você pode acabar morando dentro de um barril!!
Fonte : Wikipedia
5 Comentários
Grande Geraldo, paralelando a sua escrivinhação podia dizer que não existem donos da verdade apesar que muitos acreditem nisso, entretanto também não podemos ser ingenuos de dizer que a voz do povo é a voz de Deus .... o povo pode ser manipulado ... ja Deus ...
ResponderExcluirGeraldo, eu entendi a tua colocação. Aliás, acho que em tempos de eleição, as simpatias partidárias e ideológicas estão se transformando em uma avalanche de violência verbal e falácia sem fim.
ResponderExcluirOntem mesmo, postei no twitter que, quanto mais tentam me convencer a apoiar candidato X ou Y, mais repúdio sinto. Parece que tudo volta ao velho maniqueísmo: o combate entre o bem e o mal.
"Desde os primórdios até hoje em dia, o homem ainda faz o que o macaco fazia"
Geraldo,
ResponderExcluirdignissimo texto, e precisei ler e reler de novo. Porque se o Diógenes andasse hoje em dia com essa lanterna, ele ia ver o mundo cao de sombras. Ou, já teriam roubado a lanterninha do homem. ahahah
Quando você falou sobre os "donos da verdade" Lembrei de um certo alguém. Nessas horas seria bom que desse passadinha aqui e ler esse brilhante texto.
abçs
Olá Geraldo querido!
ResponderExcluirAdorei o seu texto! Esse saiu de lá do fundo mesmo...rsrs...bem como conversamos!
Ontem publiquei um texto também falando sobre a verdade que não basta aos outros, a nossa verdade, aquela que sempre será questionada e colocada em julgamento. A nossa verdade, aquela que nos move a agir dentro nos nossos princípios e crenças ainda é colocada na fogueira "santa" dos cínicos e hipócritas, falsos moralistas que não conseguem conviver com opiniões que diferem de suas condutas desprezíveis. Pregam um idealismo e não conseguem sequer saberem os seus próprios ideais. Vivem à sombra do preconceito por acharem-se verdadeiros e absolutos...soberanos (pobres decadentes).
Enfim, meu amigo, vou parar por aqui senão vai virar outro post...hahahaha
Adorei mesmo!
Grande beijo,
Jackie
Geraldo, texto excepcional. Enquanto lia, precisava parar, pq fui pensando em fatos que vivi e presenciei. Eu fiquei pensando naqueles que mostram uma faceta e na verdade são incapazes de produzir e tomam proveito de pessoas boas, tirando delas o que elas tem de melhor. São os vampiros sociais que sugam de outras pessoas aquilo que não tem capacidade de fazer. E como muitas vezes estes seres baixos estão numa lugar hierarquico superior, tomam para si e se aproveitam do que nunca lhes pertenceu por direito. Afffff esse seu texto mexeu com minha vontade de falar.... daria para continuar. Ponto final, por enquanto.
ResponderExcluirObrigado por comentar!! Volte Sempre!!